PT e aliados fecham acordo para reeleger Lira na Câmara dos Deputados

O presidente Lula, o PT e partidos aliados fecharam acordo para reeleger Arthur Lira no comando da Câmara dos Deputados, dia 1º de fevereiro. O argumento de hoje para apoiar o chefe do Centrão e operador do famigerado orçamento secreto é o mesmo de 20 anos atrás.

Em nome da “governabilidade” de seu primeiro mandato, o Governo Lula se envolveu no esquema de compra de votos de parlamentares que resultou no escândalo do “Mensalão”. O presidente escapou do impeachment e ainda se reelegeu.

A coalizão pela “governabilidade” permaneceu no segundo mandato de Lula e avançou no Governo Dilma quando estourou outro escândalo de maior proporção que entrou para a história do país com o cognome “Petrolão”.

O esquema bilionário de corrupção investigado pela PF e MPF na Operação Lava Jato quase quebrou a Petrobras e outras estatais e culminou na prisão de Lula, de toda cúpula do PT e de grandes empresários.

Antes mesmo de chegar à Presidência da República Lula havia denunciado a existência de “300 picaretas no Congresso que defendem apenas seus próprios interesses”. Ele falou isso em 1993 com a experiência de ter sido deputado constituinte, e, portanto, sabia de tudo.

Esses mesmos “picaretas” identificados pelo então presidente nacional do PT são a base do grupo parlamentar conhecido como Centrão, que até hoje manda e desmanda no país sob as ordens do deputado alagoano Arthur Lira.

Tudo isso levou um psicopata à Presidência da República, cujo governo também foi capturado pelo Centrão, que resultou na volta de Lula ao poder em seu terceiro mandato. “Tenho consciência de que não é o Lira que precisa de mim. É o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara”, disse Lula recentemente.

Tudo é feito em nome da maldita “governabilidade”, e o ciclo recomeça. Ou seria o circo?